Câncer de olho infantil: saiba quais são os sintomas do retinoblastoma
Doença atinge filha de Tiago Leifert
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Retinoblastoma: um tipo de câncer infantil que surge na retina e afeta principalmente crianças de 0 a 5 anos. A doença foi um dos assuntos mais comentados do fim de semana, após os jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin anunciarem nas redes sociais sobre a doença que atinge Lua, filha do casal, de apenas 1 ano e 3 meses.
O médico explica que um dos principais sintomas da doença é a baixa visão. No entanto, no caso de bebês e crianças os sinais da retinoblastoma são: pupila branca, conhecida cientificamente como reflexo vermelho alterado – leucocoria; estrabismo, que é o olhinho torto; e também pode ocorrer uma diferença de tamanho dos olhos, ficando um maior que o outro.
Tratamento e possibilidade de cura
De acordo com Calafiori, o tratamento pode variar de criança para criança, dependendo principalmente do tamanho do tumor. “Se for um pequeno, o uso do laser ou com uma crioterapia no local, pode congelar o tumor. Além disso, pode ser feita também a radioterapia, em que é colocada uma espécie de placa radioterápica para matar a doença naquela região. Outro tipo de tratamento é a quimioterapia. No entanto, em casos mais graves, de tumor aumentando, a indicação é realmente retirar o olho”, explica o médico ao destacar a importância do diagnóstico precoce da doença.
O oftalmologista comenta que, com o diagnóstico precoce, as chances de cura do retinoblastoma podem chegar a até 80%. De acordo com o especialista, em caso de um tumor pequeno, os tratamentos locais podem ser suficientes para a cura da doença. “Se o tumor estiver grande, o tratamento é maior e, se já tiver invadido o nervo ótico ou outras áreas do organismo, dando metástase, infelizmente fica mais grave, com risco de morte, inclusive”, ressalta.
Existe idade ideal para levar a criança ao oftalmologista?
Ícaro Calafiori destaca a importância de uma consulta oftalmológica logo após o nascimento do bebê. O teste do olhinho é fundamental para avaliação de possíveis más formações no olho e também de alguma outra alteração. Depois, no primeiro ano de vida, a orientação é levar de 6 em 6 meses. “E depois disso é interessante ter consultas regulares de ano em ano para checar se não surgiu nada diferente”, explica.