Câmara de Vereadores de Goiânia avalia afastamento de Rogério Cruz devido à crise na saúde pública
Da Redação
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Em meio à intensificação da crise na saúde pública da capital goiana, a Câmara Municipal de Goiânia está avaliando a possibilidade de afastar o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) antes do fim de seu mandato. A medida é discutida com base nas denúncias sobre a escassez de medicamentos e a falta de profissionais na rede pública de saúde, situação que gerou um forte clamor popular e preocupações entre os vereadores.
A nova gestão da Prefeitura de Goiânia, liderada por Sandro Mabel (UB), assumirá o cargo no próximo dia 1º de janeiro. Caso o afastamento de Rogério Cruz seja aprovado, quem assumiria a administração municipal até a posse de Mabel seria o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), que já integra a equipe de transição do prefeito eleito. O vereador Thialu Guiotti (Avante) afirmou, em entrevista à coluna Giro, do Jornal O Popular, que Policarpo já demonstrou ter a capacidade política necessária para liderar o município nesse período de transição.
Afastamento em discussão
Guiotti revelou que há um movimento crescente entre os parlamentares para apoiar o afastamento de Cruz. “Atualmente, há um clamor popular e um grupo de vereadores com coragem para votar a favor do impeachment do prefeito”, afirmou. Segundo o vereador, mais de 12 parlamentares já se comprometeram a assinar, de imediato, o pedido de impeachment de Rogério Cruz.
A proposta de afastamento está sendo elaborada por uma equipe de juristas e pode ser levada à pauta da Câmara ainda nesta semana. “Estamos buscando todas as informações necessárias para formalizar a minuta do pedido, para que possamos submeter ao conhecimento dos demais vereadores”, disse Guiotti.
Crise na saúde pública e alerta do MPGO
A crise na saúde pública de Goiânia tem sido um dos principais fatores que motivaram a avaliação do afastamento do prefeito. De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), a Prefeitura foi alertada sobre a falta de medicamentos e de profissionais nas unidades de saúde da cidade. O MPGO enviou um ofício à administração municipal, cobrando providências urgentes para solucionar os problemas que afetam diretamente o atendimento à população.
Em resposta a essa crise, a oposição na Câmara Municipal intensificou os questionamentos e as cobranças sobre o prefeito Rogério Cruz, que, segundo os parlamentares, não teria conseguido dar uma resposta eficaz à população em relação às dificuldades do sistema de saúde.
Próximos passos
Com a eleição de Sandro Mabel, que assume o cargo de prefeito em janeiro, a expectativa é que a transição aconteça de forma mais organizada, com o apoio de Romário Policarpo, caso o afastamento de Rogério Cruz se concretize. O cenário, no entanto, continua sendo de tensão na Câmara Municipal, onde o debate sobre o futuro da gestão e as questões de saúde pública seguem em alta.
Os vereadores aguardam a conclusão do processo de coleta de informações e o parecer dos juristas para definir os próximos passos no possível afastamento do prefeito Rogério Cruz. O desfecho dessa crise poderá definir os rumos da administração municipal nos últimos dias de 2024 e até a posse de Mabel.