Câmara de Aparecida aprova aumento de 53% nos salários dos vereadores
Proposta foi aprovada pela maioria dos 25 vereadores, com apenas dois votos contrários, dos parlamentares Gleison Flávio (PL) e Sandro Oliveira (MDB)
A decisão da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia de aprovar um aumento significativo nos salários dos vereadores tem gerado intensas discussões. Nesta terça-feira (19), os parlamentares votaram pela elevação dos vencimentos de R$ 18 mil para R$ 27.647 mensais, que entra em vigor em janeiro de 2025, refletindo um reajuste de 53%. Apenas dois vereadores, Gleison Flávio (PL) e Sandro Oliveira (MDB), posicionaram-se contra o projeto, alegando desproporcionalidade em relação à média salarial do município.
Motivações e Impactos do Reajuste
O Projeto de Lei Nº 063/2024, responsável por este aumento, foi defendido pela mesa diretora como uma atualização necessária após mais de uma década sem reajustes. O argumento central é a necessidade de adequar os salários ao crescimento demográfico da cidade, que já conta com mais de 500 mil habitantes.
Apesar do aumento, a Câmara assegura que o orçamento não será afetado, pois o duodécimo recebido da prefeitura permanecerá inalterado. Estruturas administrativas dos gabinetes continuarão limitadas a seis assessores, mantendo a promessa de gestão eficiente dos recursos públicos.
Críticas e Divergências
Gleison Flávio, um dos dois vereadores que votaram contra, expressou suas preocupações em entrevista. Ele destacou a disparidade entre os novos vencimentos dos vereadores e a realidade econômica local, onde a renda média gira em torno de R$ 2.700. “É um momento inoportuno para um aumento desse tipo,” argumentou Flávio, enfatizando a necessidade de prudência diante do cenário econômico nacional.
Possíveis Repercussões
Além dos vereadores, o projeto poderá influenciar os salários de outras posições políticas, incluindo secretários municipais e o prefeito, que podem ver suas remunerações equiparadas ao dos parlamentares.
O projeto aguarda agora a sanção do prefeito. Caso não seja aprovado, o texto retornará à Câmara para novas deliberações, potencialmente acendendo mais discussões sobre a gestão dos recursos públicos.
Dos 25 vereadores, apenas sete foram reeleitos para a próxima legislatura, o que poderá trazer novas perspectivas e decisões sobre o tema. A repercussão deste aumento salarial e sua justificativa econômica são esperadas para continuar no centro do debate público, destacando a importância de uma gestão transparente e responsável.