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Caiado sobe tom contra Marconi e diz que “só um canalha” tentaria impedir a construção de um hospital

Governador goiano subiu o tom contra o presidente estadual do PSDB, Marconi Perillo, que pediu ao TCE a paralização das obras do Complexo Oncológico de Referência de Goiás, o Cora

O governador Ronaldo Caiado (UB) foi enfático ao defender a importância da construção do Complexo Oncológico de Referência em Goiás, o Cora, que será o maior hospital público de tratamento do câncer do Brasil, com ala exclusiva de pediatria. Em sete meses, as obras da unidade atingiram 40% do total e agora são alvo de ação do ex-governador e presidente do PSDB goiano, Marconi Perillo, numa tentativa de paralisação. “É atitude de um criminoso que não para de, cada vez mais, querer punir o povo goiano”, afirmou Caiado, em entrevista ao jornal O Popular, publicada neste sábado, 7.

Perillo, na condição de presidente do PSDB, representou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) requerendo a anulação do Termo de Colaboração firmado entre o Governo de Goiás e a Fundação Pio XII, entidade que administra há 62 anos o Hospital do Amor de Barretos, uma das principais unidades de tratamento contra o câncer do Brasil, cujo objeto é a construção, manutenção e gestão da unidade em Goiânia.

Sem citar o nome do ex-governador, Caiado disse que a atitude do presidente do PSDB goiano é moralmente questionável: “Isso aí sai de qualquer linha de bom senso, querer alegar descumprimento de norma. Porque é de uma canalhice ímpar. Ímpar. É um canalha corrupto. O cidadão roubou a saúde de Goiás toda. Assaltou o Estado. Se enriqueceu e manteve a família com grandes patrimônios no exterior, tá certo? Com dinheiro roubado da saúde do Estado de Goiás”.

Na entrevista, Caiado ressaltou a lisura do processo que autoriza a construção do CORA e lembrou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) cuidou da modelagem jurídica da nova unidade de saúde, valendo-se de vários despachos, estudos e pareceres que indicaram a adoção do marco regulatório das organizações da sociedade civil (Lei 13.019/2014) para atribuir a gestão do Cora à Fundação Pio XII.

Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA) (Foto: Secom)

“Não tem nenhuma novidade nisso. A lei, a 1.319 de 2014, foi regulamentada em 2016. Então, está lá, claro, a maneira como se pode fazer. Você vai fazer aquilo que se prevê na lei, que é uma parceria de um consórcio. Em que ele tenha a finalidade de fomentar uma instituição sem fins lucrativos e que ela também terá a responsabilidade de fazer o funcionamento da obra. Então isso tá previsto. A Organização da Sociedade Civil (OSC) está prevista na Lei 1.319”, explicou.

Ronaldo Caiado destacou a falta de espírito público de uma pessoa capaz de tentar impedir a construção de um hospital com tamanha importância para Goiás e sua população. “Só um canalha como esse é capaz de assinar isso aqui. E o pior de tudo é que é homem bundão, frouxo. Só tem coragem atrás do papel. Essa é a característica deste homem que assinou. Não vou falar esse nome. Esse é um crápula que assinou esse documento”.

E lembrou ainda os inúmeros escândalos de corrupção da gestão tucana.

Este homem que roubou o Estado durante 20 anos. Que descredenciou o Estado. Goiás só aparecia nas estampas dos jornais no crime, homicídio, corrupção (…) Então, é um canalha como esse que hoje quer impedir um hospital o mais moderno, o mais sofisticado que se faz para atender os goianos. E as crianças do Brasil, porque não só as de Goiás serão atendidas, não”, apontou.

Convicto da legalidade dos atos firmados por seu governo, Caiado garantiu que vai inaugurar o Cora em 2025, e que irá responder a suspeição arguida pelo tucano com a lei e com pareceres dos melhores juristas do Brasil. O governador aproveitou para fazer um paralelo entre o seu governo e os de Marconi Perillo, que foi quatro vezes governador do Estado.

“Eu tenho integridade e transparência. Por isso que o dinheiro aparece no meu Estado de Goiás. No dele, as escolas caíram na cabeça dos alunos. No dele, roubou o dinheiro da educação toda do Estado de Goiás. No dele, roubou o dinheiro da saúde. Roubou o dinheiro da segurança pública. Roubou o dinheiro dos programas sociais. Ladrão desqualificado. Sem moral pra falar sobre este assunto. Isso é a mesma coisa de ter aí um documento assinado por um Marcola da vida”, reforçou.

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