Caiado se prepara para Fórum em Nova York e projeta candidatura à presidência em 2026

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), desembarca em Nova York nesta semana para participar do Fórum Brazil Insights, promovido pela revista Veja. Mais do que um compromisso internacional, a viagem carrega um forte simbolismo político: Caiado se posiciona como uma das últimas lideranças da direita tradicional com força institucional e eleitoral para disputar espaço na corrida presidencial de 2026.
Em meio ao enfraquecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e à ausência de uma alternativa consolidada à esquerda lulista, o governador goiano busca preencher uma lacuna ainda em aberto no campo da centro-direita. Sua participação no evento ocorre ao lado de figuras relevantes do cenário político e econômico, como o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, o deputado Hugo Motta, o senador Ciro Nogueira e empresários como Wesley Batista. O encontro se propõe a discutir caminhos para o Brasil no contexto internacional, com foco em investimentos, estabilidade institucional e previsibilidade econômica.
Ao contrário do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que mantém vínculos com o bolsonarismo e ainda depende da projeção do ex-presidente para fortalecer sua imagem, Caiado aposta em uma trajetória mais independente. Com base eleitoral sólida, experiência legislativa e reconhecimento no meio empresarial, o goiano tenta consolidar um discurso menos ideológico e mais pragmático — voltado à estabilidade institucional e ao diálogo com diferentes setores.
A movimentação política de Caiado indica uma tentativa de se posicionar como uma alternativa conservadora nos costumes, liberal na economia e moderada no discurso.
É uma aposta em um eleitorado que, embora ainda polarizado entre Lula e Bolsonaro, pode buscar uma figura com perfil técnico, sereno e institucional em meio às incertezas do cenário nacional.
Ao marcar presença em um evento internacional de peso, o governador envia um recado claro ao eleitorado e às elites políticas e econômicas: está preparado para representar uma direita madura, com credibilidade e capacidade de articulação no Brasil e fora dele. Se esse projeto encontrará eco em um país ainda profundamente dividido, só o tempo dirá — mas o movimento já começou.