O programa Bolsa Universitária está mantido em 2019 e não haverá qualquer prejuízo para os alunos beneficiários. É o que ficou decidido após reunião entre o governador Ronaldo Caiado e Jorge de Jesus Bernardo, presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (Semesg).
No Palácio Pedro Ludovico Teixeira, Ronaldo Caiado recebeu o presidente da entidade, Jorge de Jesus Bernardo, para discutir o atraso de oito meses de repasses com as instituições de ensino. A dívida, deixada pelo governo passado, chega a R$ 75,8 milhões com 85 faculdades e universidades parceiras do programa, penalizando 26,4 mil jovens.
“Temos que prestar contas à sociedade e fazer um esclarecimento a toda população do Estado de Goiás. Não cumpriram com aquilo que era responsabilidade do Estado e sempre usaram a Bolsa Universitária com fins eleitoreiros, penalizando os que têm a função de educar os goianos”, afirmou o governador.
Durante o encontro, Caiado lamentou o descaso com que o programa foi tratado nos últimos anos e garantiu ao presidente do Semesg que, durante seu governo, o pagamento será feito até o décimo dia do mês subsequente, como determina a lei.
“Tenham certeza que tratarão com outro tipo de governo. Têm da minha parte o compromisso que haverá o pagamento do mês de janeiro e buscaremos parcelamento da dívida. Assumirei 100% desses quase R$ 76 milhões. Goiás não terá marca de estado caloteiro nem irresponsável”, garantiu.
Jorge de Jesus Bernardo agradeceu a sensibilidade do novo governador e fez questão de tranquilizar os estudantes beneficiados pela Bolsa Universitária. “Renovaremos os convênios com a OVG e retiraremos os adendos de que não haveria garantia da bolsa. Tivemos o comprometimento do governador de que, após a vinda da equipe do Ministério da Economia, construiremos um cronograma para o pagamento, dentro de um parcelamento que seja cabível para o Estado”, revelou.
Diante do acordo, a OVG volta a orientar os 26,4 mil estudantes que recebem o benefício a se recadastrar normalmente, pois não haverá mudanças no programa.
Decretos – Em coletiva à imprensa, Ronaldo Caiado destacou ainda que, no último dia útil de sua gestão (28 de dezembro), o ex-governador José Eliton (PSDB) editou decretos transferindo os recursos que seriam destinados à Bolsa Universitária para pagar outras despesas, desviando a finalidade. “Em torno de R$ 20 milhões, oriundos do Protege [Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás], que é uma rubrica própria com uma destinação, foram repassados para o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO)”, lamentou.
Participaram também da reunião a primeira-dama e presidente de honra da OVG, Gracinha Caiado; o secretário-adjunto da Secretaria da Fazenda, Francisco Sérvulo; o secretário de Planejamento, Pedro Henrique Sales; o deputado Lívio Luciano e diretores da OVG.