O Governo de Goiás tem enfrentado uma série de dificuldades e ações que considera como retaliações políticas por parte do governo federal, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. O que inicialmente parecia ser uma série de “tiros políticos” isolados, agora é visto como um verdadeiro bombardeio contra o Estado, afetando diretamente investimentos e projetos essenciais para o desenvolvimento e bem-estar da população goiana.
Entre os principais exemplos dessa postura, destaca-se o veto ao empréstimo de R$ 700 milhões, aprovado pelo Tesouro Nacional e que seria feito pelo Estado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A portaria do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que impôs a derrubada da operação, foi um dos primeiros sinais dessa ação retaliação, que se seguiu com outros episódios.
Outro projeto que sofreu um revés foi o Centro Internacional de Distribuição dos Correios, que seria instalado em Anápolis. A ideia, que visava fortalecer a infraestrutura do Estado e gerar novos postos de trabalho, foi barrada, impossibilitando o avanço do projeto.
Além disso, as obras prioritárias que Goiás incluiu no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) continuam sem receber investimento. O Hospital Cora, que está 80% pronto e seria uma referência no tratamento de crianças com câncer pelo SUS, segue sem recursos federais. Projetos de novas policlínicas e penitenciárias, também prometidos pelo governo federal, não saíram do papel, prejudicando a capacidade de atendimento e a segurança no Estado.
O Hospital Estadual de Águas Lindas, inaugurado em junho de 2024, ainda não recebe corretamente os repasses do SUS, mesmo após o compromisso da Ministra da Saúde de cobrir 50% do custeio. A falta de recursos do governo federal tem afetado não apenas esse hospital, mas também outras unidades de saúde essenciais, como as seis policlínicas que atendem à população sem qualquer contrapartida financeira da União, apesar de operarem há mais de dois anos.
Diante dessa situação, o Governo de Goiás aponta que o presidente Lula tem colocado a pauta política acima das necessidades urgentes da população goiana, agravando a já difícil situação do Estado. O governo federal, segundo as autoridades estaduais, tem negligenciado questões fundamentais, como a saúde e infraestrutura, enquanto o Brasil segue sem uma política econômica sólida, cada vez mais distante de soluções efetivas.
Goiás, portanto, denuncia um cenário de perseguição política por parte da União, que impacta diretamente a qualidade de vida da população e prejudica o crescimento e o desenvolvimento do Estado.