Aparecida de GoiâniaArtigo
Brasil, Goiás e Aparecida de Goiânia precisam de emprego
O Brasil vive uma situação calamitosa na economia, cuja face mais perversa é o desemprego acompanhado da queda do poder aquisitivo do trabalhador. É um cenário desalentador que exige a tomada de medidas urgentes das autoridades para devolver a esperança de dias melhores ao povo brasileiro.
De acordo com estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), de 2011 a 2020, o crescimento médio do Brasil será de apenas 0,9%. Se isso se confirmar, será a pior década em 120 anos. Ao logo desses 10 anos, o país sofreu a maior recessão da história, com o Produto Interno Bruto (PIB) caindo 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016. O desemprego disparou, o endividamento das famílias cresceu e o investimento na economia se retraiu.
A esperada retomada do crescimento, a partir de 2017, não se concretizou e já nos aproximamos do término do primeiro ano do novo governo, que patina e não apresenta soluções. Numa conjuntura complicada como a atual, são bem-vindas todas as medidas para movimentar a economia e, desta forma, conseguir gerar emprego e renda para o trabalhador.
Quando os organismos próprios da economia não conseguem dar resposta satisfatória, os empresários devem se unir em prol da retomada do crescimento. E essa retomada passa pelo aumento do consumo e oferta de emprego, pois o emprego gera consumo e o consumo aumenta a produção, fazendo girar assim a roda da economia. Todos ganham quando a economia entra nesse círculo virtuoso.
O poder público precisa incentivar a geração de emprego. Ações como o 1° Feirão do Emprego de Aparecida de Goiânia são importantes e precisam ser espalhadas por Goiás. Demonstrando consciência sobre a complexidade do problema, o presidente da Fecomércio (uma das entidades realizadoras do Feirão), Marcelo Baiocchi, afirma que é responsabilidade social da Federação oferecer oportunidade de emprego e promover a qualificação profissional da sociedade. E os empresários contribuem e querem contribuir mais com o processo de desenvolvimento econômico, proporcionando oportunidade de qualificação de mão de obra.
Fim de ano é época de festas, aumento do consumo e aquecimento da economia, com a consequente geração de emprego. Muitos postos de trabalho são criados meses antes desse período fértil da economia. Mas os empresários precisam de apoio para expandir seus negócios e assim gerar emprego e renda. Em Goiás, como já abordamos em artigo recentemente, os incentivos fiscais são a grande mola propulsora da modernização e diversificação da economia e consequentemente da criação de novos postos de trabalho.
A enorme fila com milhares de pessoas em busca de emprego em Aparecida de Goiânia, como vimos no 1° Feirão do Emprego, deve nos sensibilizar e ajudar a refletir sobre o que, de fato, estamos fazendo para superar essa crise econômica. O reaquecimento da economia passa por incentivo às empresas e ao comércio e pela qualificação do trabalhador.
O povo precisa de emprego e, como bem observa o diretor Regional do Sesc/Senac Goiás, Leopoldo Veiga Jardim, uma colocação no mercado de trabalho significa, para o ex-desempregado, a realização de seus sonhos. Por isso, empresários, trabalhadores, poder público, associações, todos devem estar focados e unidos para fazer a economia crescer.
Nesse sentido, Goiás registrou a abertura de 4.719 novas vagas com carteira assinada em setembro de 2019, o melhor desempenho para o mês desde 2013, quando 5.160 vagas foram abertas. O saldo do emprego no Estado, de janeiro a setembro, é positivo com 40.745 novos postos abertos, segundo dados divulgados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
Graças à política de incentivos fiscais e atração de novas empresas, Goiás sofre menos com a deterioração da economia brasileira. A Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG ) é parceira da classe empresarial e do setor público na formulação, desenvolvimento e divulgação de políticas públicas que contemplem a geração de emprego e acredita que o caminho para um Goiás mais justo e desenvolvido passa pelo incentivo ao desenvolvimento empresarial.
Maione Padeiro, presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG)