Bira Contador promove audiência pública para debater relação entre as forças de segurança e os comerciantes do Jardim Tiradentes
Vereador iniciou seu discurso explicando sua expectativa ao promover a audiência
O vereador Bira Contador (DC) promoveu, na manhã desta terça-feira, 27, audiência pública para discutir sobre segurança na área da 16ª Companhia da Polícia Militar, no Jardim Tiradentes, e os problemas com comerciantes da região.
“Esperamos com esse evento resolver as demandas da cidade, principalmente por parte dos comerciantes da região do Jardim Tiradentes. De tal forma, achamos importante realizar esse diálogo entre eles e os órgãos responsáveis pela segurança pública”, justificou o vereador autor do evento.
“Nosso interesse, como representante da sociedade, é promover harmonia para que o cidadão possa desenvolver suas atividades com segurança”, concluiu Bira.
Dentre as principais reclamações dos comerciantes da região, destaque para os transtornos causados pelo fechamento de vias, após pedidos da Polícia Militar. Segundo eles, isso tem prejudicado suas atividades.
Também foi citado a questão do horário especial para funcionamento após a meia noite, principalmente das festas juninas, pois, de acordo com os comerciantes, mesmo passando por todos os trâmites, estão sendo impedidos pela Polícia de funcionar dentro desse horário.
Por fim, ressaltaram a importância da presença constante das forças de segurança, porém sem que aja um conflito com as polícias no desenvolvimento de suas atividades comerciais.
Atuante na região em debate, o vereador Leandro da Pamonharia (PV) confirmou que tem havido alguns problemas, principalmente durante as festividades das festas juninas, e se colocou a favor da comunidade e da cultura.
“Em eventos de grande porte, temos que nos orientar pela Polícia Militar, dar total apoio para que exerça seu papel, mas sem prejudicar eventos que fazem parte da cultura popular. Precisamos encontrar uma solução que não impeça a continuidade dessas festividades de forma segura”, afirmou o vereador.
Também do Jardim Tiradentes, o vereador Erivelton Contador (DC) relatou que diversos comerciantes o procurou e, diante disso, se reuniu com o Comandante da 16ª Companhia, Major Trigueiro, no intuito de resolver esses problemas.
“Procurei intermediar a conversa entre os dois lados, uma vez que, da mesma forma que precisamos dos comerciantes, que movimenta a economia, também precisamos da segurança proporcionada pela Polícia Militar”, pontuou Erivelton.
Segurança em primeiro lugar
O Comandante da 16ª Companhia da Polícia Militar, responsável pela região do Jardim Tiradentes, Major Trigueiro, explicou as ações da corporação que têm sido questionadas por alguns comerciantes.
“A exceção não pode ser a regra. Temos mais de 400 comércios na localidade e apenas 3 ou 4 estão dando problemas de segurança pública”, destacou o Comandante.
Sobre o fator cultural, Major Trigueiro se disse defensor e classificou a cultura como “fundamental”. Entretanto, ponderou a peso da cultura quando colocada ao lado de uma vida.
“Cultura é fundamental, mas recolher corpos não é normal. Antes mesmo da chegada do período das festas juninas, fizemos estudos técnicos e, após, solicitamos licença especial de funcionamento para locais de maiores riscos”, justificou Trigueiro, que ainda concluiu explicando que segurança pública é um direito constitucional e que todas as ações das Polícia também são pautadas pelo Código de Posturas do município.
Atuando há mais de 15 anos no município, a Delegada Cybelle Tristão destacou a dificuldade de resolução da questão sem que um lado se sinta prejudicado.
“É uma assunto delicado, por se tratar de conflitos de interesses. De um lado, o comércio, a cultura, as tradições e, do outro, a vida, a segurança social. Temos que tratar de forma madura e sei que as autoridades de segurança pública aqui presentes são extremamente responsáveis, que tem como finalidade única em sua atuação o benefício da população de Aparecida de Goiânia”, se posicionou a delegada.
Ao fim, o propositor do evento, vereador Bira Contador, afirmou esperar que os órgãos do Poder Público citados mantenham um canal aberto de diálogo com os comerciantes e os demais cidadãos que estão se sentindo prejudicados pelas questão debatidas na audiência.