BC começa a bloquear chaves Pix usadas em fraudes
Por Ana Lucia
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O Banco Central (BC) iniciou, no último sábado (4), o bloqueio de chaves Pix usadas em fraudes e golpes. A medida faz parte de um pacote de ações que visa reforçar a segurança do sistema de pagamentos instantâneos e proteger os usuários contra esquemas criminosos.
O bloqueio será feito com base nas informações prestadas pelas instituições financeiras, atingindo as chaves consideradas suspeitas pelas próprias participantes do sistema. A iniciativa foi detalhada durante a última reunião do Fórum Pix, comitê consultivo que reúne cerca de 300 representantes do setor financeiro e da sociedade civil.
De acordo com o BC, o novo procedimento reforça o controle sobre movimentações suspeitas e busca reduzir a atuação de quadrilhas que se aproveitam do Pix para golpes e lavagem de dinheiro.
A decisão soma-se a outras ações recentes de segurança. No início de setembro, o BC limitou a R$ 15 mil as transferências via Pix e TED realizadas para instituições de pagamento não autorizadas a operar como bancos. A medida foi adotada após operações da Polícia Federal, como Carbono Oculto, Quasar e Tank, que investigam mais de R$ 50 bilhões em movimentações suspeitas ligadas ao crime organizado.
Além disso, o BC determinou que todas as instituições de pagamento devem negar transações com contas suspeitas de fraude. Essa regra precisa ser implementada até 13 de outubro. Para identificar as contas, os bancos poderão usar informações de bases de dados públicas e privadas. Outra novidade entrou em vigor na última quarta-feira (1º): os aplicativos bancários agora precisam oferecer o botão de contestação de transações Pix. A função torna 100% digital o processo de ressarcimento pelo Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021 para devolver valores a vítimas de golpes.
Com o conjunto de novas medidas, o Banco Central reforça o compromisso de garantir maior segurança e transparência no sistema Pix, que já é o meio de pagamento mais popular do país.
