Após denúncias: Casos de superbactérias no Hugo geram interdição de UTI do hospital
Foram identificados sete casos de bactérias resistente, com alto risco de morte e transmissão, na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia
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O Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia, identificou sete casos de contaminação de superbactérias em pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que levou a interdição da ala por uma semana.
Os pacientes foram removidos do local e estão estáveis, segundo a direção da unidade.
Segundo um documento do Serviço de Controle de Infecção (SCI) do hospital, foram encontradas as bactéricas acinetobacter e KPC, que são resistentes à maior parte dos antibióticos, segundo a unidade.
O documento do Serviço de Controle de Infecção é da segunda-feira passada (27), quando a unidade foi fechada para desinfecção com quartenário de amônio.Neste domingo (3), a direção do hospital informou, em nota, que o procedimento de limpeza foi concluída na sexta-feira (1º).
Essa quantidade de casos caracteriza, segundo o SCI, um provável surto e transmissão cruzada. O órgão relata ainda que as bactérias possuem elevado risco de morte e transmissão, além de ficar até seis meses em superfícies.
De acordo com memorando interno do hospital na última segunda-feira (27/9), foram encontrados sete casos de “bactérias com espectro estendido de resistência. Segundo o documento, essas bactérias possuem elevado risco de mortalidade e transmissibilidade.
O memorando ainda informa que essas bactérias podem ficar até seis meses sobre a superfície. O serviço de controle de infecção do Hugo indicou uma quarentena de sete dias nesta ala de UTI.
Também foram indicadas medidas de precaução, como higiene e exames em pacientes não infectados, para avaliar a proliferação das bactérias.
Nenhuma morte
Em nota, a direção do Hugo informou que a desinfecção foi concluída na última sexta-feira (1/10) com sucesso.
Segundo a nota do Hugo, os pacientes infectados estão estáveis, inclusive com alguns recebendo alta da UTI e seguindo tratamento pelo motivo que foram internados.
Uma equipe de infectologia, em conjunto com outras áreas e a direção técnica do hospital, vai avaliar sobre o final da quarentena, nesta segunda-feira (4/10).
Enquanto isso, novos pacientes continuam não sendo admitidos nesta ala da UTI.