Após críticas duras, Daniel Vilela acusa Marconi de tentar se apropriar do legado de Iris Rezende

Vice-governador afirma que tucano busca respaldo político em trajetória que não lhe pertence e diz que “ninguém confia no Marconi, ninguém acredita”

O clima político ganhou novos contornos durante confraternização com representantes da imprensa em Goiânia, quando o vice-governador e presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, reagiu de forma contundente às recentes investidas do ex-governador Marconi Perillo. A fala, que repercutiu entre lideranças, tratou diretamente da tentativa do tucano de se associar ao legado de Iris Rezende, figura histórica do MDB e uma das maiores referências políticas de Goiás. Para Daniel, a movimentação revela uma busca por amparo político em uma trajetória que não pertence a Marconi e que, segundo ele, contrasta com os embates que marcaram a história entre ambos.

Ao se dirigir aos jornalistas, Daniel reforçou que o ex-governador tenta se apoiar em uma narrativa que não o contempla, especialmente após ter enfrentado desgastes que, na visão do vice-governador, enfraqueceram o PSDB e a própria carreira política de Marconi. Ele afirmou que o tucano tenta se “escorar” na biografia de Iris e do MDB, mesmo sem respaldo das lideranças de maior prestígio dentro do partido. Para Daniel, o movimento não passa despercebido pelo eleitorado, que recorda episódios de confronto entre os dois ex-adversários.

O vice-governador destacou que a relação entre Marconi e Iris Rezende foi marcada por hostilidades, perseguições e enfrentamentos diretos ao longo dos anos. Nas palavras dele, o povo goiano conhece bem o histórico de ataques, desentendimentos e a postura adotada pelo tucano em momentos decisivos da vida pública estadual. “O povo sabe o que ele falava do Iris e o quanto tentou persegui-lo, assim como seus familiares”, frisou, ao salientar que Iris sempre se colocou como oposição às práticas políticas de Marconi.

Daniel avaliou ainda que o recente reposicionamento do ex-governador representa uma tentativa de reconstruir sua imagem, mas sem apoio real. Segundo ele, a falta de credibilidade de Marconi é perceptível inclusive dentro do MDB, onde o tucano tenta aproximar-se de figuras que, conforme destacou o vice-governador, não possuem relevância eleitoral. A ausência de identidade partidária forte e a instabilidade de relações políticas teriam contribuído para o isolamento do ex-governador no cenário estadual.

Em sua fala, Daniel citou o apelido “estraga-roda” atribuído ao tucano e disse que essa rejeição no interior goiano é reflexo de uma trajetória marcada, segundo ele, por promessas vazias e atitudes incoerentes. Para o vice-governador, o comportamento de Marconi ao longo dos anos gerou desgaste suficiente para afastá-lo das lideranças que realmente influenciam o eleitorado. “Ninguém confia no Marconi, ninguém acredita. Todo mundo sabe que ele age de acordo com os próprios interesses”, declarou.

Ao final, Daniel afirmou que Marconi perdeu a oportunidade de fazer um exercício de humildade. Ao relembrar o período em que o tucano deixou Goiás e se instalou em São Paulo, o vice-governador argumentou que esse afastamento poderia ter permitido uma reflexão madura sobre erros cometidos e sobre a necessidade de reconstruir sua imagem pública. “Mas me parece que essa humildade ainda falta a ele”, concluiu, reforçando que o MDB mantém firme o compromisso com o legado de Iris Rezende e com a política de respeito à memória do ex-governador.