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Alunos do Gustav Ritter irão conhecer o mestre João Carlos Martins

Uma estrela resiliente que brilha mundialmente, apesar de todas as dificuldades que enfrenta ao longo da carreira. Essa é a história do maestro e pianista João Carlos Martins, em Goiânia, nesta segunda-feira, dia 30,  para uma palestra e um pocket show gratuitos para 1.200 pessoas oferecido pelo Grupo Toctao aos goianienses.

O show começa às 20 horas. Mas antes, às 18 horas, ele concede entrevista coletiva no Palácio da Música, no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Além da imprensa, ele também responderá a perguntas de um grupo de alunos de música do Instituto Gustav Ritter, que participarão desse momento mais intimista.

Durante a noite, ele também autografará seu livro “João de A a Z”, autobiografia recém-lançada pela editora Sextante. Apesar de sua história já ter sido contada em outros livros e filmes, essa é a primeira publicação autobiográfica, em que ele conta a própria história, mergulha nas dores e lembranças de sua vida.

“Aos 79 não gostaria de ensinar ninguém, mas mostrar o que a vida me ensinou e aproveitar para dividir emoções, pois só sabe multiplicar aquele que aprende dividir”, considera o músico qual é o sentido maior dessas iniciativas.

Sobre João Carlos

João Carlos Gandra da Silva Martins, hoje com 79 anos de idade, começou seus estudos ainda menino, em São Paulo estimulado pelo pai que era apaixonado pelo piano. Aos oito anos, venceu seu primeiro concurso executando obras de Bach, somando sucessivas vitórias e extremos crescimento musical desde então.

Aos vinte anos estreou no Carnegie Hall, patrocinado por Eleanor Roosevelt. Tocou com as maiores orquestras norte-americanas e gravou a obra completa de Bach para piano, sendo considerado o maior intérprete brasileiro das obras do compositor. Foi ele quem inaugurou o Glenn Gould Memorial em Toronto.

Durante a sua carreira, infelizmente, sofreu acidentes que prejudicaram a mobilidade de suas mãos para a profissão de pianista. Fez adaptações e prosseguiu mesmo com as dificuldades tendo inclusive gravado o álbum Só para Mão Esquerda, Entretanto, com o correr dos anos desenvolveu no membro superior saudável, o esquerdo, uma doença chamada contratura de Dupuytren, o que inviabilizou tocar piano. Tomou então a decisão de se tornar regente, tendo também sido muito bem sucedido.

Sua história, que será relatada durante a palestra neste 30 de setembro em Goiânia, é uma das mais emocionantes e inspiradoras do mundo musical. Mesmo com limitações, ele não parou em momento algum e é reconhecido por ser um dos maiores pianistas do mundo é apontado como o maior intérprete de Bach.

A paixão do palestrante João Carlos Martins pela música originou o documentário franco-alemão “Martins Passion”, vencedor de 4 Festivais Internacionais: FIPA DÓR 2004; BANFF ROCKIE AWARD 2004; CENTAUR como o melhor documentário de longa-metragem, S. Petersburgo; BEST DOCUMENTARY AWARD, Pocono Mountains Film Festival, USA.

Serviço:
Coletiva de imprensa com João Carlos Martins e participação especial de alunos do Gustav Ritter
Local: Palácio da Música, no Centro Cultural Oscar Niemeyer
Horário: 18 horas

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