ACIRLAG, GCM e PM buscam parceria de hostels que abrigam travestis para combater a criminalidade
- “A ideia é fazer com que estes estabelecimentos ajudem a identificar os profissionais do sexo com ficha policial ou com mau comportamento social”
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A Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG) e Guarda Civil Municipal (GMC) promoveram reunião com as proprietárias de hostels da região dos motéis, que abrigam travestis. Estiveram presentes, o presidente da entidade, Maione Padeiro, o comandante do 39º Batalhão da Polícia Militar (BPM), major Leon, o comandante da 2ª Regional da Guarda Civil Municipal (GCM), inspetor Souza e o empresário da Lotérica Ouro Olímpico, Jairo Nunes.
Aceitaram o convite para participar da reunião, quatro proprietárias destes estabelecimentos, uma transexual conhecida como Makisuri, Amanda Mantovany, Stefani e a Divina.
Na ocasião foram relatadas várias reclamações de moradores e comerciantes sobre o comportamento dos travestis na região, entre eles atentado ao pudor (alguns ficam praticamente pelados nas ruas), tráfico de drogas, envolvimento com agressões físicas, furtos e roubos.
“Não temos nenhum preconceito, não se trata disso, até porque não são todos que agem assim. Queremos apenas que eles trabalhem de forma honesta sem causar transtornos para o comércio da região, já que muitos clientes estão evitando a região dos motéis com medo da ação de travestis com mau comportamento”, destacou Maione Padeiro.
Uma das soluções foi pedir as proprietárias dos hostels que façam uma triagem de quem elas hospedam, com um cadastro rigoroso para filtrar melhor aqueles travestir que têm passagem pela polícia ou que têm histórico de mau comportamento social.
“A Cidade do Amor, como é conhecida, é uma cartão postal de entrada para Aparecida e não queremos deixar uma imagem ruim para esta região, que gera emprego, renda e aquece a economia local”, acrescentou Maione.
Ainda durante o encontro, preocupado com a pandemia do novo coronavírus, o inspetor Souza pediu o reforço do uso de máscaras por parte dos travestir, que também são vistos nas esquinas sem a devida proteção. “Isso é para o bem deles e de toda população”, alertou o inspetor.
Uma próxima reunião já está sendo marcada, envolvendo a Policia Civil e o Ministério Público. Além de prevenir os crimes já citados, a ideia é evitar também disputas por pontos de prostituição, que num passado ainda bem recente resultou eu sérios confrontos entre os travestis e garotas de programa.