Polícia

Ação policial flagra venda ilegal de cigarros eletrônicos em tabacarias de Goiânia

Monitoramento simultâneo identificou tentativa de ocultação dos produtos, avaliados em R$ 10 mil, após equipes se aproximarem dos estabelecimentos

Um monitoramento discreto transformou uma denúncia anônima em mais uma operação efetiva no combate à comercialização clandestina de cigarros eletrônicos em Goiânia. A movimentação atípica observada em duas filiais de uma tabacaria da capital permitiu que a Polícia Civil de Goiás flagrasse a tentativa de ocultação de mercadorias proibidas, além de constatar a existência de um sistema de vendas por delivery que atendia toda a cidade.

A apuração da Central de Flagrantes e Pronto Atendimento ao Cidadão da 1ª DRP começou após a informação de que os dispositivos eram ofertados e distribuídos de modo contínuo, apesar da proibição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Equipes foram enviadas às principais unidades da rede ainda na manhã desta segunda-feira, iniciando acompanhamento das rotinas internas.

A movimentação se intensificou quando um veículo deixou uma das lojas carregado com caixas. Embora nada ilegal tenha sido encontrado na primeira abordagem, um detalhe chamou atenção: funcionários haviam recebido orientação direta do gerente para esconder os cigarros eletrônicos antes da chegada das equipes. A atitude reforçou as suspeitas e levou à continuidade do monitoramento na filial do Setor Sudoeste.

A cena que se seguiu confirmou a gravidade da denúncia. Policiais flagraram, em tempo real, o momento exato em que colaboradores transferiam produtos proibidos para outro carro, numa tentativa de retirada emergencial do estoque da loja. Na abordagem, foram encontrados cigarros eletrônicos de diferentes modelos e sabores, além de sacolas com pedidos já separados para entrega. No interior da loja, mais unidades foram localizadas, ampliando o volume apreendido.

Ao ser questionado, o gerente admitiu ter ordenado a ocultação após perceber a presença da polícia na outra unidade. Estimativas iniciais apontam que a mercadoria apreendida gira em torno de R$ 10 mil, valor que reforça o caráter comercial sistemático da atividade.

Como a conduta se enquadra no artigo 273 do Código Penal, que trata da comercialização de produtos proibidos ou sem autorização sanitária, todo o material foi apreendido, e o responsável da unidade foi conduzido à Central de Flagrantes para a formalização das medidas cabíveis. A investigação deve seguir com foco na cadeia de distribuição e na possível abrangência do serviço de entrega, já que a loja atuava com estrutura suficiente para atender grande parte da capital.

Além do crime em si, a operação reforça o alerta das autoridades sobre os riscos associados aos cigarros eletrônicos, cuja venda permanece proibida no Brasil. A preocupação envolve tanto os impactos à saúde quanto o avanço de estruturas clandestinas que buscam burlar fiscalizações e ampliar sua clientela.

As diligências continuam para identificação de eventuais responsáveis pela logística e abastecimento dos produtos apreendidos.

GED

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