Cidades

Ação contra quadrilha que usava motoboys para entregar cocaína em Goiânia prende 14 suspeitos

Líder da organização criminosa, que fugiu de Goiás para não ser assassinado tinha vida de luxo no Pará

Uma quadrilha que só vendia porções de cocaína na modalidade delivery em Goiânia foi desbaratada pela Polícia Civil. O líder do grupo, segundo a corporação, mantinha uma vida de alto luxo no Pará, para onde se mudou após sofrer duas tentativas de assassinato na capital.

Há quase um ano que a Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc) vinha investigando a quadrilha. Em janeiro, agentes daquela especializada encontraram, no Setor Bueno, um apartamento que havia sido transformado em laboratório para o refino de cocaína.

O imóvel, segundo as investigações, era comandado por um homem, de primeiro nome Cristiano, que fugiu de Goiás após se desentender com criminosos da facção que também fazia parte. Durante operação da Denarc que começou na quarta-feira (30), ele foi preso em uma casa de alto padrão em Santarém.

Além dele, outros 13 investigados, a maioria de Goiânia, foram presos. Cinco ainda estão sendo procurados. Além dos mandados de prisão, os agentes da Denarc também cumpriram, em Goiás, e no Pará, 37 mandados de busca e apreensão.

Nove quilos de cocaína pura, 12 quilos de insumos, mil envelopes com cocaína, cinco armas de fogo, e mais de R$ 300 mil em dinheiro também foram apreendidos nas casas e empresas dos investigados. A Polícia Civil também conseguiu, na justiça, o bloqueio de quase R$ 7 milhões em bens e apreendeu 25 carros, duas motos aquáticas e 30 celulares, que já estão sendo periciados.

Pelo que se apurou até agora, a quadrilha atuava apenas na moralidade dique-drogas e vendia cocaína apenas para usuários já conhecidos, e pré-cadastrados. O esquema era tão profissional que os motoboys que integravam a organização criminosa tinham escala de trabalho, folgas e férias.

Dinheiro do tráfico foi usado para abrir lojas, afirma PC

Segundo a Denarc, todo o dinheiro obtido com o tráfico foi usado pelo líder da facção para a compra de lojas em um shopping de Santarém, e também no Centro daquela localidade. Comparsas dele em Goiás, ainda segundo a polícia, usaram o dinheiro para abrir lojas de compra e venda de veículos.

Nomes e idades dos investigados não foram divulgados. Eles responderão por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, e associação para o tráfico.

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