Abono salarial será pago em 2026 a trabalhadores que atuaram com carteira assinada em 2024
Governo federal prevê liberação de R$ 33,5 bilhões e estabelece novas regras para o benefício do PIS/Pasep
Uma parcela expressiva da população economicamente ativa deve contar com um reforço na renda em 2026. Cerca de 26,9 milhões de trabalhadores brasileiros que exerceram atividade formal em 2024 poderão receber o abono salarial, conforme calendário aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador. A previsão do governo federal é liberar aproximadamente R$ 33,5 bilhões entre fevereiro e agosto do próximo ano.
O benefício será pago por meio do Programa de Integração Social, destinado aos trabalhadores da iniciativa privada, e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, voltado a servidores públicos, empregados de estatais e militares. As consultas sobre direito ao abono, valor e data de pagamento poderão ser feitas a partir de 5 de fevereiro de 2026, pela Carteira de Trabalho Digital, pelo Portal Emprega Brasil ou pelo telefone 158, do Ministério do Trabalho.
Os pagamentos ocorrerão sempre no dia 15 de cada mês, entre fevereiro e agosto, inclusive quando a data coincidir com fins de semana ou feriados. No caso do PIS, o cronograma segue o mês de nascimento do trabalhador. Já o Pasep utiliza o número final da inscrição. O saque poderá ser realizado até 30 de dezembro de 2026; após esse prazo, apenas mediante convocação especial.
Terão direito ao benefício os trabalhadores inscritos no PIS ou Pasep há pelo menos cinco anos, que tenham trabalhado formalmente por no mínimo 30 dias em 2024 e recebido remuneração média mensal de até R$ 2.765,93. O valor é proporcional ao tempo de serviço: cada mês trabalhado equivale a cerca de R$ 135, podendo chegar ao salário mínimo estimado em R$ 1.621 para quem atuou durante todo o ano.
A partir deste ciclo, o teto de renda passará a ser corrigido apenas pela inflação, o que tende a reduzir gradualmente o número de beneficiários nos próximos anos.



