Fieg alerta para impacto de tarifas dos EUA e pede reação articulada

Federação prevê retração no comércio goiano com os Estados Unidos após anúncio de novas alíquotas
A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) manifestou preocupação, em nota divulgada recentemente, com o novo pacote tarifário imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. As novas alíquotas, que podem chegar a 50%, entrarão em vigor a partir de 1º de agosto de 2025 e ampliam as restrições já existentes desde março, quando foram aplicadas tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio.
Segundo a Fieg, setores estratégicos da economia goiana, como agroindústria, mineração e autopeças, devem ser fortemente afetados pelas medidas. A entidade estima uma retração de até 15% no comércio entre Goiás e os Estados Unidos, o que pode comprometer a competitividade dos produtos goianos no mercado internacional.
Em comunicado, a Federação destacou que os Estados Unidos são o maior investidor estrangeiro no Brasil, com um estoque de investimentos que chega a US$ 156 bilhões. Além disso, o país norte-americano ocupa a posição de segundo maior parceiro comercial do Brasil, com US$ 78 bilhões movimentados em transações no ano de 2024 e um superávit comercial de US$ 7 bilhões em favor dos Estados Unidos.
A Fieg defende que a resposta a esse novo cenário tarifário deve ser articulada entre o governo federal, os estados e o setor produtivo. Entre as propostas apresentadas pela entidade estão a ampliação das exportações para novos mercados, a adoção de medidas compensatórias para as empresas impactadas e a intensificação do diálogo técnico com o governo norte-americano.
‘A Fieg continuará acompanhando o tema e contribuindo tecnicamente com os entes públicos e privados na busca por soluções que minimizem os efeitos das novas tarifas sobre a indústria goiana. Reafirmamos a importância do diálogo e da cooperação internacional como pilares para o equilíbrio das relações comerciais e para a preservação da atividade produtiva e dos empregos no Brasil’, conclui a nota assinada pela Federação.