Marcas viram produtoras e apostam em séries e filmes para conquistar o público

Da Redação
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Depois de anos tentando chamar atenção entre stories e reels, empresas como Starbucks, LVMH e Hennessy decidiram assumir o protagonismo: agora, produzem séries, filmes e documentários originais com o DNA da marca. A tendência, que ganhou força em 2024, promete dominar o entretenimento em 2025.
Segundo a plataforma Digiday, dezenas de marcas já criaram seus próprios estúdios audiovisuais. A ideia é simples: em vez de anunciar entre cenas, elas querem ser as cenas. O investimento busca transformar publicidade em narrativa, conquistando público pela emoção — e não pela interrupção.
Para atender essa nova demanda, grupos como WPP e Omnicom, gigantes da publicidade, criaram divisões focadas em desenvolver roteiros, personagens e histórias que representem os valores e o estilo de vida dos clientes. O movimento acontece no momento em que o mercado de streaming passa por cortes de gastos e abre espaço para parcerias com marcas.
Os resultados já começam a aparecer. Só durante a temporada de premiações, o valor de impacto midiático (Media Impact Value) das marcas alcançou US$ 3,7 bilhões, com Louis Vuitton (US$ 42,7 milhões), Chanel (US$ 41,3 milhões) e Dior (US$ 35,1 milhões) liderando a exposição global.
Exemplos de sucesso reforçam a aposta. O filme House of Gucci e a série The New Look, da Apple TV+, que retrata a trajetória de Christian Dior, mostram que histórias bem contadas viraram estratégia de marketing — e de negócios.
A mudança marca um novo capítulo para as marcas, que agora atuam como verdadeiras produtoras de conteúdo. Em vez de figurantes, assumem o papel principal em um cenário onde cada frame pode gerar conexão, desejo e engajamento.
Com essa virada, o entretenimento ganha novos protagonistas. E o público, novas histórias para assistir — direto do departamento de marketing.