Política

Governo responde à ‘The Economist’ após críticas a Lula sobre política externa

Da Redação
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O governo brasileiro respondeu oficialmente à revista britânica The Economist, que criticou a política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e questionou sua popularidade interna. A carta, assinada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi enviada nesta terça-feira, dia 1º, como reação ao artigo publicado no último domingo, 29, intitulado “O presidente incoerente”. Na publicação, a revista afirma que Lula tem buscado protagonismo internacional enquanto ignora questões internas. A The Economist questiona, por exemplo, as críticas do presidente ao ataque dos Estados Unidos e Israel contra o Irã — posicionamento que o Brasil classificou como uma “violação da soberania do país persa”. Outro ponto abordado foi o suposto distanciamento entre Lula e o governo americano, atualmente liderado por Donald Trump, além da falta de articulação regional para enfrentar temas como a crise migratória e o protecionismo tarifário. Em resposta, Mauro Vieira afirmou que Lula “sustenta com coerência os quatro pilares essenciais à humanidade: democracia, sustentabilidade, paz e multilateralismo”. O chanceler reforçou que o Brasil é “um defensor do direito internacional” e que não adota um “tratamento à la carte” em relação às regras globais.
Vieira também defendeu a atuação brasileira no BRICS, destacando o papel de Lula na construção de alianças e na promoção de propostas como a taxação de bilionários. “Isso pode ter incomodado oligarcas, mas reforça nosso compromisso com justiça social e combate à desigualdade”, escreveu.
Sobre o conflito na Ucrânia, o ministro lembrou que o Brasil condenou a invasão russa, mas defende uma saída diplomática. Também ressaltou o compromisso do presidente com o combate à fome e às mudanças climáticas, afirmando que Lula “não é popular entre os negacionistas climáticos” e condena “a irracionalidade de investir na destruição”.
A carta encerra com uma defesa da autoridade moral de Lula: “Para humanistas de todo o mundo, o respeito à autoridade do presidente é indiscutível”.

GED

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