Brasileirão pode ser organizado por liga única de clubes a partir de 2027

Da Redação
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O Campeonato Brasileiro caminha para ser organizado por uma liga única de clubes a partir de 2027. Os dois principais blocos do futebol nacional, a Liga Forte União (LFU) e a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), elaboraram um Memorando de Entendimento (MOU) que estabelece os pilares para a provável unificação das entidades.
O documento, elaborado pelos departamentos jurídicos das duas ligas e ainda em fase de análise, prevê a comercialização conjunta dos direitos televisivos e a criação de um conjunto de regras e normas para a realização das Séries A e B do Brasileirão. As discussões devem ganhar força após o Mundial de Clubes da Fifa, mas já há consenso sobre a necessidade de união dos clubes para fortalecer a organização do campeonato.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se opõe ao movimento. O presidente Samir Xaud já manifestou apoio público à criação da liga, que assumiria a gestão das divisões principais, enquanto a CBF manteria o controle das Séries C e D e da Copa do Brasil. Atualmente, os clubes da LFU recebem em média R$ 1,7 bilhão por temporada até 2029, enquanto os da Libra têm acordos na casa de R$ 1,117 bilhão. A expectativa é que a negociação conjunta aumente ainda mais as receitas.
Gabriel Lima, executivo da LFU, destacou que o processo será gradual. ‘Não vamos resolver tudo da noite para o dia. O importante é ter um caminho claro para planejar soluções no curto, médio e longo prazo’, afirmou. Ele ressaltou a importância de acordos comerciais e societários, além da definição da relação com a CBF e a implementação de regras de fair play financeiro para garantir o desenvolvimento sustentável dos clubes.
Entre os clubes da LFU estão Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Internacional, Vasco, Athletico-PR, entre outros. Já a Libra reúne equipes como Atlético-MG, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Santos e Grêmio.
A unificação representa o maior movimento recente do futebol brasileiro, com potencial para profissionalizar a gestão, aumentar receitas e atrair investidores, alinhando o Brasileirão aos modelos das principais ligas mundiais.