Goiânia

Prefeitura de Goiânia propõe reduzir em 30% valor dos plantões médicos; categoria ameaça acionar Justiça

O Conselho Municipal de Saúde de Goiânia se reúne nesta quarta-feira (2) para discutir a proposta da prefeitura de reduzir em até 30% o valor pago por plantões a médicos da rede pública. A medida, que afeta diversas especialidades, gerou reação imediata do sindicato da categoria, que promete recorrer ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), caso a mudança seja aprovada.

Entre os novos valores propostos estão R$ 1.200 por 12 horas de plantão para médicos generalistas em unidades de pronto atendimento durante a semana, e R$ 1.400 nos fins de semana. Médicos pediatras e anestesiologistas, por exemplo, passariam a receber R$ 1.800 por plantões de 12 horas durante a semana e R$ 2.000 nos fins de semana.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) argumenta que os valores foram ajustados à realidade do mercado e à situação de calamidade enfrentada pelo sistema municipal. Em nota, a pasta afirma que o objetivo é melhorar a eficiência na aplicação de recursos e ampliar o número de profissionais atuando nas unidades de saúde, sem desvalorizar a categoria.

O sindicato, no entanto, considera a proposta inaceitável e afirma que a redução nos pagamentos compromete a atratividade dos plantões e, consequentemente, o atendimento à população. A entidade defende que o valor atual já é insuficiente diante da carga horária e da complexidade do trabalho exigido.

A proposta será analisada pelo Conselho antes de qualquer decisão definitiva. Caso aprovada, a prefeitura lançará novo edital de credenciamento com os valores reajustados. A categoria, por sua vez, promete mobilização para barrar a medida.

GED

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