Polícia prende empresário por manter máquinas caça-níqueis em supermercado de Goiânia

A Polícia Civil prendeu, na segunda-feira (30), um empresário acusado de explorar jogos de azar dentro de um supermercado no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. A operação resultou na apreensão de cinco máquinas caça-níqueis, encontradas escondidas atrás de caixas de cerveja no fundo do estabelecimento.
Segundo o delegado Humberto Teófilo, responsável pela investigação, a denúncia partiu de familiares de pessoas viciadas nas apostas. Eles alegaram que o local estava causando prejuízos financeiros e emocionais, contribuindo para a desestruturação de famílias.
O empresário foi autuado em flagrante e responderá pelo crime por meio de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). A exploração de jogos de azar é uma contravenção penal no Brasil, com penas que variam de três meses a um ano de prisão simples, além de multa.
A polícia informou que a fiscalização será intensificada em Goiânia e que todos os pontos suspeitos de operar com caça-níqueis serão investigados. “Onde houver jogos de azar, estaremos atuando”, afirmou o delegado.
Casos semelhantes aumentam na capital
Na quinta-feira (28), uma mulher de 22 anos foi presa por administrar um cassino disfarçado de pamonharia no bairro Vila Canaã. A Polícia Militar apreendeu mais de dez máquinas de apostas. Ela também responderá por contravenção penal.
Além das prisões, casos de endividamento decorrentes de apostas ilegais têm se tornado comuns. Um jovem de 29 anos relatou ter acumulado R$ 500 mil em dívidas após frequentar salões de pôquer e bancas clandestinas. Ele afirmou que passou a ser ameaçado por credores, incluindo um policial que teria comprado a dívida.
A Polícia Civil reforça que, além do prejuízo financeiro, a prática está frequentemente ligada a outros crimes, como tráfico de drogas e extorsão. As autoridades pedem que a população denuncie locais suspeitos para auxiliar nas investigações.