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Trump veta ataque a líder do Irã e tenta evitar guerra entre Teerã e Israel

Da Redação
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Em meio ao agravamento do confronto entre Israel e Irã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem atuado nos bastidores para conter uma escalada que poderia desencadear uma guerra em larga escala. Segundo fontes da agência Reuters, Trump vetou uma proposta israelense para assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei — decisão considerada crucial para evitar um ponto sem retorno nos ataques.
O conflito, que já matou mais de 200 pessoas no Irã e 14 em Israel em apenas quatro dias, gerou pânico em cidades como Teerã e Jerusalém. Sirenes foram ouvidas e explosões atingiram alvos civis e militares. Segundo relatos, Trump intensificou contatos com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, para conter a ofensiva, ao mesmo tempo em que defende um cessar-fogo.
A tensão frustrou as expectativas de retomada das negociações nucleares entre Irã e EUA, previstas para acontecer em Omã. Para analistas, Trump apostava que o ataque israelense forçaria concessões iranianas no programa nuclear, mas a resposta de Teerã — com dezenas de mísseis balísticos disparados contra alvos estratégicos israelenses — mostrou o oposto.
No domingo, Trump surpreendeu ao demonstrar apoio a uma possível mediação do presidente russo, Vladimir Putin, que tem bom trânsito com ambos os países. “Acredito que isso será resolvido”, declarou Trump à ABC News, dizendo que há “muitas ligações e reuniões acontecendo”.
Enquanto isso, os bombardeios continuam. Israel atacou centros militares e de inteligência iranianos, incluindo em Natanz e Mashhad. Teerã respondeu com ofensiva contra instalações de energia israelenses, incluindo a refinaria de Haifa.
A União Europeia convocou reunião emergencial dos chanceleres para esta terça-feira, buscando evitar uma guerra total. Nos dois países, civis lamentam as perdas e o clima de incerteza.

Israel diz ter superioridade aérea total em Teerã após novo ataque

As Forças Armadas de Israel declararam nesta segunda-feira que alcançaram “superioridade aérea total” em Teerã, em meio ao quarto dia de confronto direto com o Irã. Em ataques considerados os mais intensos desde o início da escalada, ao menos oito israelenses morreram entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda, elevando para 22 o número total de vítimas no país. No Irã, fontes médicas registram 224 mortos e mais de 1.200 feridos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel pretende eliminar as ameaças nuclear e de mísseis, orientando civis iranianos a deixarem áreas visadas. Já o ministro da Defesa, Israel Katz, alertou que civis em Teerã podem ser afetados se permanecerem próximos de alvos militares.
A ofensiva israelense, que teria atingido instalações nucleares como a usina de Natanz, foi contestada por autoridades internacionais. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou não haver sinais de vazamento radiológico, mas confirmou danos estruturais.

GED

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