Economia & Negócios

Mercado de trabalho fecha novembro com menor desemprego da história no Brasil

Dados do IBGE apontam taxa de 5,2%, recorde desde 2012, com avanço do emprego formal, renda em alta e nível de ocupação no maior patamar da série

Com indicadores positivos espalhados por diferentes frentes do mercado de trabalho, o Brasil encerrou o trimestre móvel terminado em novembro com a menor taxa de desemprego já registrada desde o início da série histórica. O índice ficou em 5,2%, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada nesta terça-feira, dia 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O resultado representa queda de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, encerrado em agosto, quando a taxa era de 5,6%. Na comparação com o mesmo período de 2024, a redução foi ainda mais expressiva, já que o desemprego atingia 6,1% naquele momento.

Atualmente, o país soma cerca de 5,6 milhões de pessoas desocupadas. Esse contingente recuou 7,2% frente ao trimestre anterior e 14,9% em relação ao ano passado, o que significa quase 1 milhão de brasileiros a menos sem trabalho em apenas 12 meses.

O avanço do emprego também aparece no número de pessoas ocupadas, que chegou a 103 milhões, novo recorde da série iniciada em 2012. O crescimento foi de 0,6% no trimestre e de 1,1% na comparação anual, com acréscimo de aproximadamente 1,1 milhão de trabalhadores. Com isso, o nível da ocupação — proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — alcançou 59%, o maior já observado.

Outro destaque foi a taxa de subutilização da força de trabalho, que caiu para 13,5%, também o menor patamar da série histórica. Atualmente, 15,4 milhões de pessoas estão nessa condição, que inclui desempregados, subocupados e desalentados. O número de pessoas que desistiram de procurar emprego recuou para 2,6 milhões, o menor desde 2015.

No recorte do emprego formal, o país alcançou novo recorde de trabalhadores com carteira assinada, totalizando 39,4 milhões. Embora estável em relação ao trimestre anterior, o número cresceu 2,6% em um ano, com a inclusão de cerca de 1 milhão de pessoas. Já o total de empregados sem carteira assinada ficou em 13,6 milhões, estável no trimestre, mas com queda de 3,4% na comparação anual.

A melhora do mercado também se refletiu na renda. O rendimento real habitual subiu 1,8% no trimestre, chegando a R$ 3.574, com alta de 4,5% em um ano. A massa de rendimento alcançou R$ 363,7 bilhões, novo recorde, impulsionada pelo aumento do emprego e da renda média.

GED

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