Saúde

Ministério da Saúde confirma circulação da Gripe K no Brasil e reforça alerta para grupos de risco

Subtipo do vírus influenza A H3N2 foi identificado no Pará e segue em monitoramento após avanço atípico no Hemisfério Norte

Detectada em amostras analisadas no estado do Pará, a circulação do subtipo influenza A H3N2, conhecido como Gripe K, passou a integrar o monitoramento oficial das autoridades sanitárias brasileiras. A confirmação consta no Informe Epidemiológico da Semana 49, divulgado no último dia pelo Ministério da Saúde, com base em dados da vigilância laboratorial nacional.

O vírus é o mesmo que motivou alerta recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) em razão do aumento atípico de casos no Hemisfério Norte. Segundo o boletim, foram identificados no Pará os subclados K e J.2.4, atualmente em circulação em regiões da América do Norte, Europa e Ásia. A presença da cepa no Brasil ocorreu após um crescimento de casos da gripe H3N2 sazonal, que já vinha sendo acompanhado pela rede de vigilância.

A chamada Gripe K tem despertado atenção internacional por apresentar sintomas semelhantes aos da gripe comum, porém com maior intensidade e duração. Entre os sinais mais relatados estão febre alta persistente, dores musculares intensas, tosse forte, fadiga prolongada e mal-estar acentuado. Em crianças, também foram registrados episódios de vômitos e diarreia. Os efeitos tendem a ser mais severos em idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, respiratórias e imunossupressão.

Apesar da confirmação da circulação do vírus, o Ministério da Saúde informa que não há registro de surto nem aumento expressivo de hospitalizações associadas à nova cepa no país até o momento. Ainda assim, a situação é acompanhada com atenção pelas autoridades sanitárias, considerando o cenário observado fora do Brasil.

Diante do avanço do vírus no Hemisfério Norte, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) reforçou a recomendação de vacinação contra a gripe, especialmente para os grupos prioritários. A orientação é manter o esquema vacinal atualizado e observar sinais de agravamento da doença.

Pessoas que apresentarem sintomas intensos ou persistentes devem procurar atendimento médico, sobretudo em casos de febre que não cede, confusão mental, dor no peito ou dificuldade para respirar. As autoridades reforçam que a vigilância segue ativa para garantir resposta rápida caso haja mudança no cenário epidemiológico.

GED

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo