Economia & Negócios

Goiás registra um dos melhores resultados do ano na balança comercial e amplia força no agronegócio e na mineração

Estado encerra outubro com crescimento de 13,7% nas exportações, superávit de US$ 554,7 milhões e avanço consistente em setores estratégicos como soja, carnes, minérios e indústria farmacêutica

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Goiás fechou o mês de outubro com um dos melhores desempenhos da balança comercial de 2025. Segundo análise do Instituto Mauro Borges (IMB), vinculado à Secretaria-Geral de Governo (SGG), o Estado exportou US$ 1,087 bilhão no período — alta de 13,7% em relação ao mesmo mês de 2024. Com importações que somaram US$ 532,7 milhões, o superávit chegou a US$ 554,7 milhões, crescendo 14,2% na comparação anual.

Crescimento confirma dinamismo da economia goiana

No acumulado de janeiro a outubro, Goiás já registra US$ 11,48 bilhões em exportações, avanço de 6,8% frente aos primeiros dez meses do ano passado. O saldo comercial alcança US$ 4,52 bilhões, consolidando o Estado entre as economias mais competitivas do país.

Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, o desempenho reflete um ambiente econômico sólido e bem planejado.
“Os resultados mostram que Goiás segue firme em sua trajetória de desenvolvimento. Estamos construindo um ambiente competitivo, moderno e aberto a novas oportunidades, sempre com responsabilidade e planejamento. É assim que Goiás avança e se posiciona entre as economias mais dinâmicas do país”, afirmou.

O diretor-executivo do IMB, Erik Alencar de Figueiredo, destacou a importância do monitoramento contínuo.
“As análises do IMB permitem identificar tendências, avaliar a performance dos setores produtivos e subsidiar políticas públicas baseadas em evidências. Goiás tem demonstrado força e diversificação na pauta exportadora, e acompanhar esse movimento com precisão é essencial para planejar o futuro e ampliar a inserção internacional do estado”, explicou.

Agronegócio mantém liderança e impulsiona exportações

O agronegócio continua como principal motor da economia goiana. Em outubro, o setor respondeu por 74,7% das vendas externas, mantendo sua posição estratégica.

Soja dispara e puxa crescimento

O complexo soja alcançou US$ 338,5 milhões, com um crescimento expressivo de 51,8%. O resultado foi impulsionado principalmente pelo volume exportado, que avançou mais de 60%, consolidando o produto como carro-chefe da pauta comercial.

Carnes seguem fortes no mercado internacional

O complexo carnes somou US$ 243,6 milhões, alta de 29,4% sobre outubro de 2024. A carne bovina in natura continua liderando a demanda, especialmente em mercados asiáticos.

Milho recua, mas mantém relevância

O milho apresentou retração nas vendas, reflexo da queda de 26% no volume exportado. Ainda assim, o cereal permanece entre os principais produtos da pauta agrícola de Goiás.

Mineração avança e diversifica a pauta exportadora

Além do campo, o setor mineral registrou um desempenho robusto. Em outubro, as exportações do complexo minério somaram US$ 205,5 milhões, crescimento de 15,3% em relação ao ano anterior.

O avanço foi puxado pelo minério de cobre, que teve aumento de 86,8% nas vendas, além do crescimento significativo no volume embarcado de outros minérios. O setor reforça a diversificação da economia goiana e amplia o peso da indústria extrativa no desempenho estadual.

China se mantém como principal parceira comercial

A China segue como maior compradora dos produtos goianos. Em outubro, o país asiático adquiriu US$ 373 milhões, o equivalente a 34,3% de tudo o que Goiás exportou.

  • Grãos: mais de 60% do volume enviado
  • Carnes: quase 20% da participação

Os Estados Unidos ficaram na segunda posição, com US$ 46 milhões e alta de 34,6%. A Espanha também se destacou, com US$ 40 milhões e crescimento próximo de 37%.

Outro desempenho surpreendente veio da Finlândia, que registrou aumento superior a 500% nas compras, puxado pela demanda por minérios.

Municípios que mais exportam concentram 66% das vendas de outubro

O levantamento do IMB mostra forte concentração regional. Dez municípios foram responsáveis por 66,2% de tudo o que Goiás exportou no mês.

Lideranças do mês:

  • Rio Verde: US$ 205,5 milhões (+27,4%), impulsionado pelo agronegócio
  • Alto Horizonte: US$ 94,1 milhões (+86,8%), destaque da mineração
  • Jataí: US$ 80,3 milhões (+58,2%)
  • Mozarlândia e Palmeiras de Goiás: reforçaram peso das carnes
  • Goiânia: crescimento expressivo de 87,3%, com destaque para carnes e minérios

Importações crescem e reforçam presença industrial

As importações goianas chegaram a US$ 532,7 milhões, alta de 13,2% sobre outubro de 2024.

Setores que mais importaram:

  • Farmacêutico: US$ 234,5 milhões (+114,4%)
  • Veículos, tratores e máquinas: US$ 76,7 milhões
  • Reatores e equipamentos industriais: US$ 51,7 milhões

A China foi a principal origem das compras externas, com 29,5% do total, seguida pela Alemanha e pela Irlanda — ambas com crescimentos expressivos devido ao aumento das importações de medicamentos e insumos industriais.

Anápolis lidera importações

O município foi responsável por mais da metade das importações estaduais, reforçando sua importância como polo farmacêutico, industrial e logístico.

GED

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