
Relatório do Pnuma aponta que emissões de carbono seguem altas e mundo caminha para aquecimento de até 2,5°C; Lula defende multilateralismo e tributação de super-ricos
A COP30 teve início nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), marcando um novo ciclo das negociações internacionais sobre o clima. O evento ocorre em meio a um cenário de avanços tecnológicos e alertas crescentes sobre o aquecimento global.
Na última terça-feira (4), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou relatório que aponta que as emissões globais de carbono continuam muito altas, colocando o planeta no caminho de um aquecimento entre 2,3°C e 2,5°C, acima do limite de 1,5°C previsto no Acordo de Paris.
Entre os pontos positivos, a Agência Internacional de Energia (AIE) destacou que os investimentos em energia limpa superaram US$ 2,2 trilhões em 2024, ultrapassando o montante aplicado em combustíveis fósseis. Mesmo assim, o uso de carvão e petróleo segue elevado, principalmente em países em desenvolvimento.
Durante a Cúpula de Líderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o multilateralismo e propôs tributação sobre grandes empresas e super-ricos para financiar ações climáticas. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou corporações que “lucram com a devastação climática”.
O Brasil reafirmou sua meta de reduzir entre 59% e 67% das emissões de gases de efeito estufa até 2035, com o objetivo de zerar o desmatamento ilegal até 2030 e atingir emissões líquidas zero até 2050.



