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Nubank anuncia fim do home office em 2026 e demite 12 funcionários após debate interno acalorado

Banco digital exigirá presença mínima de dois dias por semana e prepara ampliação de escritórios em dez cidades; desligamentos foram classificados como justa causa

O Nubank comunicou aos seus 9.500 funcionários que encerrará o modelo remoto de trabalho a partir de 1º de julho de 2026, com retorno obrigatório ao formato híbrido, segundo e-mail enviado pelo CEO David Vélez. A decisão prevê presença mínima de dois dias presenciais por semana, com ampliação para três dias em janeiro de 2027.

A medida provocou forte reação interna. Durante um encontro virtual e presencial, cerca de 7 mil colaboradores participaram de um debate que, segundo relatos, “saiu do controle”. No dia seguinte, o banco anunciou a demissão de 12 funcionários por justa causa, alegando “limite do que é desrespeito e agressão”.

“Prezamos pelo debate interno, mas não toleramos desrespeito ou violações de conduta”, informou o Nubank em nota oficial.


Fim da era do trabalho remoto

Desde 2020, o Nubank adotava o home office como prática predominante, mantendo a produtividade e expandindo sua base de clientes. No comunicado, Vélez reconheceu o sucesso do modelo, mas defendeu a retomada do convívio presencial como forma de “reforçar a cultura e a inovação em equipe”.

Para isso, o banco está construindo novos escritórios em São Paulo, Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Washington, Miami, Palo Alto, Cidade do México e Bogotá. Segundo o CEO, os espaços terão ambientes colaborativos e dinâmicos.


Reação e exceções

Funcionários que vivem fora dos grandes centros criticaram a decisão, afirmando que a mudança favorece quem mora nas capitais do Sudeste e ignora o custo de deslocamento.

Alguns setores, porém, continuarão isentos da obrigatoriedade, como:

  • atendimento ao cliente;
  • ouvidoria;
  • investigações de crimes financeiros;
  • soluções regulatórias;
  • recrutamento e recursos humanos;
  • e auxílio a investimentos.

Casos médicos e situações específicas também poderão ser avaliados individualmente.


A decisão reforça a tendência de grandes empresas de tecnologia em reduzir o trabalho remoto e retomar o convívio presencial, sob o argumento de que a colaboração e a criatividade são mais eficazes em ambiente compartilhado.

GED

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