Cúpula do Clima em Belém reforça urgência de ações globais e marca contagem regressiva para a COP30
Evento reúne mais de 70 países e destaca transição energética, justiça climática e financiamento sustentável antes da conferência oficial da ONU
Por Ana Lucia
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Belém vive, nesta sexta-feira (7), o segundo e último dia da Cúpula do Clima, encontro preparatório para a COP30, que começa oficialmente no próximo dia 10. A capital paraense se transformou em um centro mundial de debates sobre meio ambiente, recebendo líderes, diplomatas e representantes de mais de 70 países para discutir medidas urgentes contra o aquecimento global.
O evento, promovido pelo governo brasileiro em parceria com a ONU e o Instituto de Clima e Sociedade, tem como meta fortalecer os compromissos multilaterais assumidos desde o Acordo de Paris, há dez anos. As discussões se concentram em quatro eixos principais: transição energética, metas nacionais de descarbonização (NDCs), financiamento climático e governança ambiental.
Durante o encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o papel do Brasil como articulador global em defesa da Amazônia e da cooperação internacional. “A COP30 será a COP da verdade. É hora de encarar os alertas da ciência e decidir se teremos coragem de mudar o rumo do planeta”, declarou Lula na abertura.
O primeiro dia do evento foi marcado pelo lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, iniciativa que já nasce com aporte de US$ 5,5 bilhões e tem como objetivo remunerar países que preservam florestas tropicais. O anúncio contou com a presença dos ministros Marina Silva, Fernando Haddad e Sônia Guajajara.
Nesta sexta, Lula retoma a agenda de reuniões bilaterais com o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. As conversas devem tratar de cooperação ambiental e investimentos em energia limpa.
Com a presença de mais de cem delegações internacionais, a Cúpula do Clima dá peso político às negociações que se seguirão nas próximas duas semanas de COP30. Belém, que sediou a histórica Eco92 há mais de três décadas, volta a ser palco de um chamado global por ações concretas diante da crise climática.
