Polícia

Tiroteio entre facções termina com morte de bancária carioca

Bancária de 28 anos foi morta dentro de carro por aplicativo durante confronto entre facções na Linha Amarela; publicação emocionante repercutiu nas redes sociais

A bancária Bárbara Elisa Yabeta Borges, de 28 anos, publicou nas redes sociais uma mensagem sobre o valor das pessoas e da vida apenas algumas horas antes de ser morta durante um tiroteio entre facções criminosas na Linha Amarela, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro.

A jovem, que havia sido promovida neste ano e tinha mais de 10 mil seguidores no Instagram, compartilhou nos stories um texto de reflexão que, após sua morte, comoveu milhares de internautas.

“É caríssimo perder o que não tem preço. (…) O que tem valor, quando vai embora, leva um pedaço da gente junto”, escreveu Bárbara, citando o autor Edgard Abbehusen.


“Barbie”, a amiga alegre e dedicada

Conhecida pelos amigos como “Barbie”, Bárbara era descrita como uma profissional dedicada, generosa e alegre. Trabalhava em uma agência bancária na Zona Sul e havia recebido uma promoção recente, motivo de orgulho compartilhado nas redes.

Amante de viagens e esportes, publicava registros ao lado do marido em destinos turísticos como Machu Picchu e Disney World. Após a notícia da morte, amigos, colegas e artistas lamentaram a tragédia.

A cantora Marvvila publicou nas redes: “Você estava tão radiante, princesa… você não merecia isso. Descanse em paz.” O ativista Renê Silva e outras personalidades também prestaram solidariedade à família.


Tiroteio na Linha Amarela

De acordo com a Polícia Militar, o confronto ocorreu nas proximidades do Complexo da Maré, na Zona Norte, na tarde de sexta-feira (31). Bárbara estava no banco de trás de um carro por aplicativo, a caminho do bairro do Cachambi, quando foi atingida na cabeça por um disparo.

Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos. Uma segunda pessoa também foi baleada e segue hospitalizada.

Equipes do 22º Batalhão da PM apreenderam um fuzil, carregadores e munições na área do tiroteio. O caso está sob investigação da 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso), que tenta identificar os criminosos envolvidos.


Violência em meio à semana mais sangrenta do Rio

A morte de Bárbara ocorre após a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais, em uma megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão.

A tragédia reacende o debate sobre a segurança pública e o controle territorial das facções no estado, além de expor a vulnerabilidade de civis inocentes que cruzam zonas de conflito urbano.

GED

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