Polícia

Nove cavalos morrem após suspeita de intoxicação em instituto de equoterapia em Goiânia

Outros 20 animais seguem em tratamento; análises laboratoriais vão confirmar se o feno estava contaminado

Por Ana Lucia
[email protected]

No último dia 15, subiu para nove o número de cavalos mortos após uma suspeita de intoxicação por feno contaminado no Instituto Camilla Costa, em Goiânia. Outros 20 animais permanecem sob acompanhamento veterinário.

Os cavalos faziam parte das atividades do projeto de equoterapia mantido pelo instituto, que oferece tratamento gratuito a crianças, adolescentes e idosos com diferentes condições de saúde. O local é referência em terapia assistida com cavalos, atendendo pessoas com autismo, TDAH, depressão, microcefalia, paralisia cerebral e idosos em reabilitação pós-AVC.

A fundadora da instituição, Camilla Costa, emocionou-se ao relatar o sofrimento dos animais:

“Ver esses cavalos entrando em colapso, se contorcendo de dor e não poder fazer nada é uma sensação de impotência que eu nunca vou esquecer”, disse à TV Anhanguera.


Fiscalização e indícios de contaminação

De acordo com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), uma equipe esteve no local no último dia 13, quando constatou o adoecimento de 20 animais, sendo que seis já haviam morrido até aquela data.
Foram encontrados rolos de feno com sinais de contaminação por toxinas, e amostras foram recolhidas para análise laboratorial, que deve apontar a causa exata da intoxicação.

As mortes se sucederam nos dias seguintes — a oitava na terça-feira (14) e a nona no último dia 15.


Tratamento intensivo

O veterinário José Bráulio Florentino, do Hospital Rural Veterinário, explicou que os cuidados estão voltados para hidratação intensiva e controle da produção de gases, um dos efeitos mais graves da ingestão do feno suspeito.
Segundo o também veterinário Maxwuel Claudino, os animais continuam sob observação contínua e recebem medicação para dores e distúrbios intestinais.

fornecedor do fenoSandro Batista Andrade, afirmou que atua há 25 anos na área e nunca registrou ocorrências semelhantes, colocando-se à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

Agrodefesa segue acompanhando o caso e aguarda o resultado das análises laboratoriais para confirmar se houve contaminação no alimento ou outro tipo de intoxicação.

GED

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo