Semana decisiva para os mercados: juros nos EUA e Brasil, dólar no radar e balanço de empresas

Por Ana Lucia
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A semana que começa em 15 de setembro promete forte movimentação nos mercados globais e brasileiros. As atenções se voltam para as decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil, que serão anunciadas na quarta-feira (17), além da divulgação de dados econômicos da China e da prévia do PIB no Brasil. No cenário corporativo, anúncios de companhias como Petrobras, Banco do Brasil, Cemig e Allied também estão no radar dos investidores.
O principal evento da semana será a decisão de juros do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. O comunicado do Fomc será divulgado na quarta-feira (17), às 15h (de Brasília). O mercado espera que a autoridade monetária retome os cortes de juros diante da fraqueza do mercado de trabalho. Meia hora depois, às 15h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, concede entrevista coletiva, que pode dar sinais sobre os próximos passos da política monetária.
No mesmo dia, após 18h30, o Banco Central do Brasil anuncia sua decisão sobre a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano.
O consenso entre analistas é de manutenção, mas o tom do comunicado será determinante: uma postura mais dura (hawkish) pode pressionar setores sensíveis ao crédito, como o varejo, enquanto uma sinalização mais branda (dovish) tende a favorecer ações de construção, varejo e tecnologia.
O câmbio também segue no radar. Se o Copom mantiver os juros e o Fed reduzir as taxas, a expectativa é de desvalorização do dólar frente ao real. Na sexta-feira (12), a moeda americana fechou no menor nível desde junho de 2024.
No front internacional, a China divulga neste domingo (15), às 23h, dados de varejo e produção industrial de agosto, que indicarão o ritmo da atividade econômica do país asiático. Já no Brasil, o Banco Central apresenta às 9h desta segunda-feira (15) o IBC-Br, índice que funciona como prévia do PIB.