Política

Bolsonaro aposta em Michelle para o Senado e teme por Eduardo

Da Redação
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O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou, no último dia 17, que o Partido Liberal vai lançar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como pré-candidata ao Senado pelo Distrito Federal em 2026. A decisão integra a estratégia do ex-mandatário de manter influência política mesmo estando inelegível até 2030.
Durante entrevista, Bolsonaro afirmou que o Senado é prioridade para o PL e destacou que o partido tem “interesse enorme” em conquistar cadeiras para “equilibrar os poderes”. Ele mencionou a reeleição do senador Flávio Bolsonaro (RJ) e a possibilidade de Carlos Bolsonaro mudar seu domicílio eleitoral para Santa Catarina para disputar uma vaga na Casa. O governador Cláudio Castro (RJ) também foi citado como possível aliado de chapa com Flávio.
Outros nomes lembrados pelo ex-presidente incluem o pecuarista Bruno Scheidt, em Rondônia; o ex-ministro Gilson Machado, em Pernambuco; e Capitão Alberto, no Amazonas — todos potenciais candidatos do PL ao Senado.
Michelle Bolsonaro vem sendo testada em pesquisas eleitorais, inclusive como possível adversária de Lula em 2026. Bolsonaro, no entanto, reafirma a prioridade do Senado e vê em Michelle um nome forte no Distrito Federal, onde o bolsonarismo mantém base eleitoral consolidada.
Além do foco político, Bolsonaro comentou sobre o avanço das investigações relacionadas à tentativa de golpe em 2022. Três dias após a PGR defender sua condenação, ele afirmou ser alvo de “injustiça”. “Não sou culpado de nada. Não estou sendo acusado de corrupção. É injustiça comigo”, declarou. O ex-presidente demonstrou ainda preocupação com seu filho Eduardo Bolsonaro, licenciado do mandato de deputado federal e atualmente nos Estados Unidos. “Se Eduardo vier pra cá, ele está preso. Ou não está? Vai ser preso no aeroporto”, disse, temendo uma eventual detenção.
A licença de Eduardo expira neste domingo. Caso não retorne, poderá perder o mandato. A tensão política e jurídica aumenta o clima de incerteza para a família Bolsonaro às vésperas de 2026.

GED

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