Além do celular: STF mandou apreender passaporte e arma de Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregar o passaporte em 24 horas e o proibiu de entrar em contato com investigados em uma operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Sem citar Moraes, Bolsonaro diz que o ‘cara’ quer justificar que houve tentativa de golpe

Sobre a operação, sem citar o nome de Alexandre de Moraes, Bolsonaro disse ao blog que

“um cara quer dar um jeito de justificar o que ele colocou na cabeça, que houve tentativa de golpe”.

Bolsonaro foi abordado casa dele, em Angra dos Reis, por seis agentes da Polícia Federal que estavam em busca do passaporte do ex-presidente. Segundo Bolsonaro, o passaporte não estava no Rio de Janeiro e sim na casa dele em Brasília e será entregue dentro do prazo estipulado de 24 horas.

Operação Tempus Veritatis

A operação Tempus Veritatis ocorre em dez estados para investigar a suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito, para obter, segundo a Polícia Federal, vantagem de natureza política com a manutenção do ex-chefe do Executivo no poder.

Entre os alvos, estão também o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa).

Ao todo, os agentes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

Os policiais federais cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

G1 / R7